sábado, julho 12, 2008

Voltando a ser criança... Ou simplesmente cataporeando... Parte II

Olá!

Ainda no meu momento resgatando-a-infância-esquecida-dos-tempos-em-que-o-maior-dos-problemas-era-ter-perdido-um-episódio-de-Cavaleiros-do-Zodíaco, segue uma música que dificilmente muitas pessoas conheçam.

(Sem nome)
(autor desconhecido)

Có-có-ró-có!
Cá-cá-rá-cá!
Poe-te na pá!
Faz um bolinho pro pobrezinho
que tá com a perna quebrada
- Quem a quebrou?
- Foi a galinha
- Quéd'a galinha?
- Tá pondo ovo
- Quéd'o ovo?
- Comeu a velha
- Quéd'a velha?
- Tá pra missa
- Quéd'a missa?
- Já foi dita, pelo padre da Carriça

Desconheço o nome dessa música, mas ouvi dizer que ela atravessou o oceano em um navio para levar alegria e diversão às crianças que um dia surgiriam, há mais ou menos uns quarenta e tantos anos, junto com uma família, composta por uma mulher e seu casal de filhos que deixaram suas terras portucalenses em busca de um amor viajante que estava cá em terrinhas canárias, arriscando tudo em busca dessa felicidade, depois de anos de luta e perseverança em uma vida sofrida, porém cheia de amor, afetos e carinhos.

A família, depois de meses, atracou no Porto de Santos.

A mulher tinha o coração exaltado; aguardava seu marido. O jovem magro, de sorriso austero e olhar aguçado, cuidando das bagagens, e a menininha, sentada ao seu lado, doce como uma flor e com uma roupinha rendada, aguardavam a chegada de meu avô.

******

Penso um pouco, e conto sete. Sete pessoas devem conhecer esta história. Talvez uma oitava pessoa a conheça, meio-parte da família, mas não sei precisar.

Dessas sete (ou oito), talvez três não a lembrem, ou não queiram lembrá-la. Dessas três, talvez uma não tenha legado a história a seus filhos, quem dirá essa música. Gosto de pensar que estou redodamente enganado.

Gostaria que a história de minha família se mantivesse não somente no rubro sangue que corre comum em nossas veias, mas também vívida na mente de todos nós, quatro filhos do jovem de sorriso austero e olhar aguçado e dois da menininha doce como uma flor, da família Carvalho Sequeira, independentemente do que possa ter havido no passado que ressequiu tanto os nossos sentimentos...


Findo este texto com um abraço àqueles cujos um dia eu pude chamar de "irmãos", e que hoje se colocam tão distantes de mim quanto o Tejo do Amazonas.

A minha esperança é saber que quase todo rio corre pro mar, e um dia o encontra...

5 comentários:

Anônimo disse...

"A minha esperança é saber que quase todo rio corre pro mar, e um dia o encontra..."
E assim a vida segue seu rumo, com recomeços e histórias, e o que sabemos é que família é a base de tudo, e a história do sangue do nosso sangue é também a nossa própria história.
sorria sempre, e leve o sorriso pra outras faces.
abraços, loth.

Anônimo disse...

www.toujoursangelique.blogspot.com

loth.

Ana Carolina disse...

Jorge...

Lendo o seu post de hoje eu lembrei dessa cantiga!!!

Eu sou um bolinho de arroz
Minhas perninhas vieram só depois...
Meus bracinhos ainda estão por vir...
E eu não tenho boquinha pra sorrir
Porque?!?!?porque?!?!?!

Eu sou um bolinho de arroz
Minhas perninhas vieram só depois...
Meus bracinhos ainda estão por vir...
E eu não tenho boquinha pra sorrir
Porque?!?!?porque?!?!?!



Hehehehe!

Bjocas

Gabiruu disse...

Porque para virar criança basta apenas ficar doente, quer dizer...
basta apenas querer...

o.O

Adriana Farias disse...

E ae Jorge!! Tudo bem!?

Achei o seu blog atraves do seu nick no msn, heeheh!!

Muito legal e criativo.

Um abraço, Drica

metalhead.blogger
manifestoideario.blogspot