segunda-feira, junho 30, 2008

Accidentally in Love - Counting Crows

Resolvi variar, porque eu também sou variado, pra lá de animado, empolgado e divertoso!
O símbolo do Teatro é as máscaras da Tragédia e da Comédia, que andam lado a lado. Eu não poderia ser diferente... =D
Hoje o meu dia está ensolarado, as cores mais vibrantes, a respiração plena e o coração batendo mais animado...
Me rendi ao sorvete de morango, agora estou derretendo debaixo do céu azul!


Accidentally in Love - Counting Crows




Vire um pouco mais rápido! Pule um pouco mais rápido! Acomode-se dentro do meu amor...
E se quiser assistir o clipe oficial, com legenda em português, clique aqui! Fuuuuui...



Máscara - Pitty

Ai ai, ando nerdeando demais nesse meu blog. Está na hora de quebrar um pouco a rotina e mostrar um outro lado meu, de viajar em músicas de rock (neste post que segue especificamente pop-rock nacional), da mesma maneira que em música clássica, folclórica, irlandesa...

Máscara, da Pitty, é mais uma música que faz parte dessa minha seleção de músicas especiais. Desde o começo da banda tive empatia pela cantora, assim como pelo conteúdo abordado em suas músicas. (Isso quer dizer que vocês verão mais textos com letras da Pitty, hehe...). E com Máscara não seria diferente. Essa música me acompanha desde que a Pitty nem era esse top-parade que é hoje.

Lembro de tê-la utilizado mais expressivamente em um depoimento de aniversário para um cara que foi um grande amigo, faz uns bons quatro ou cinco anos, mas com quem hoje quase não mantenho contato. (A vida é complicada... Os caminhos vão se bifurcando, os desejos mudam, o contato fenece... “É, ninguém disse que iria ser fácil...” [plágio-o-o-o] ).

Máscara - Pitty
Diga!
Quem você é?
Me diga!
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida...

Tira!
A Máscara
Que cobre o seu rosto
Se mostre
E eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro
Jeito de ser...

Ninguém merece
Ser só mais um bonitinho
Nem transparecer
Consciente, inconseqüente
Sem preocupar em ser
Adulto ou criança
O importante é ser você...

Mesmo que seja estranho
Seja você!
Mesmo que seja bizarro
Bizarro! Bizarro!
Mesmo que seja estranho
Seja você!
Mesmo que seja...

Tira!
A Máscara
Que cobre o seu rosto
Se mostre
E eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro
Jeito de ser...

Ninguém merece
Ser só mais um bonitinho
Nem transparecer
Consciente, inconseqüente
Sem se preocupar em ser
Adulto ou criança
O importante é ser você...

Mesmo que seja estranho
Seja você!
Mesmo que seja bizarro
Bizarro! Bizarro!
Mesmo que seja estranho
Seja você!
Mesmo que seja...

Meu cabelo não é igual
A sua roupa não é igual
Ao meu tamanho, não é igual
Ao seu caráter, não é igual
Não é igual, não é igual
Não é igual...

I had enough of it
But l don't care
I had enough of it
But l don't care
I had enough of it
But l don't care
I had enough of it
But l don't care...

Diga!
Quem você é?
Me diga!
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida...

E o importante é ser você
Mesmo que seja estranho
Seja você!
Mesmo que seja bizarro
Bizarro! Bizarro!...
Mesmo que seja estranho
Seja você!
Mesmo que seja bizarro
Bizarro! Bizarro!
Mesmo que seja estranho
Seja você!
Mesmo que seja bizarro
Bizarro! Bizarro!
Mesmo que seja estranho
Seja você!


Esta postagem eu dedico a quem possa me achar estranho ou bizarro. É isso aí mesmo! Verdadeiramente estranho-bizarro! =p

Dedico também a quem possa vestir a carapuça (e olha que muita gente pode, e eu ainda estou nesse barco), àquele meu amigo antigo (que nunca chegou a tirar a máscara completamente), e também a uma ou outra pessoa que têm caminhado por aí.

Não tenho conseguido perceber o que algumas faces querem me dizer. Talvez elas estejam moldadas à alguma máscara. Talvez eu próprio tenha que me desmascarar de alguns conceitos para enxergar o significado daqueles sorrisos, daquelas conversas... Ou então, somente precise de novos óculos!

Assista o clipe de Máscara clicando aqui, e para saber mais sobre Pitty, clique aqui.

domingo, junho 29, 2008

An die Musik - Franz Schubert

Ainda sobre a influência do Diálogos Cênicos Brasil-Espanha, que aconteceu no Centro Cultural São Paulo de 22 a 29 de junho, com o tema linguagens híbridas e envolvendo grupos de teatro do Brasil e da Espanha, trago aos freqüentadores uma música que, quando eu ouvi, tive a certeza de que ela não poderia faltar aqui, no Mask & Musik.

Estou me referindo a An die Musik, do compositor alemão Franz Schubert. Contemporâneo de Beethoven e um solitário criador, morreu jovem, aos 31 anos, e nos deixou incríveis composições.

Não sei Alemão, e não encontrei tradução em Português para ela. Mas lembro bem porque me cativara essa canção: livremente, é um agradecimento à Música, amada arte, por aquecer o coração e transportar para um mundo melhor.

An die Musik- Franz Schubert
Du holde Kunst, in wieviel grauen Stunden,
Wo mich des Lebens wilder Kreis umstrickt,
Hast du mein Herz zu warmer Lieb entzunden,
Hast mich in eine Beßre Welt entrückt.

Oft had ein Seufzer, deiner Harf entflossen,
Ein Süßer, heiliger Akkord von dir
Den Himmel beßrer Zeiten mir erschlossen,
Du holde Kunst, ich danke dir dafür!

Saiba mais sobre Schubert clicando
aqui. E ouça essa canção, com a interpretação de Kathleeen Ferrier, clicando aqui. Caso eu consiga uma tradução, editarei esse post. Para quem interessar, clicando aqui é possível ler uma tradução para o Inglês.

Abraços

La Cucaracha II

Ouvi ontem uma outra versão de La Cucaracha, durante a apresentação de "Menudo Tremendo", espetáculo teatral que eu tive o privilégio de assistir três vezes, parte do evento Diálogos Cênicos Brasil-Espanha, no Centro Cultural São Paulo, ocorrido de 22 a 29 de junho de 2008, com grupos de artes cênicas brasileiros e espanhóis com o tema hibridismo.
Essa é uma versão mais.. bem... digamos, jovem e contemporânea, isso, jovem e contemporânea!

La Cucaracha
La cucaracha, la cucaracha
Ya no puede caminar
Porque no tiene
Porque le falta
Marijuana pra fumar!

sexta-feira, junho 27, 2008

Masquerade (The Phantom of the Opera) - Andrew Lloyd Weber e Charles Hart

Ah... Além de fazer parte da trilha d'O Fantasma da Ópera na versão de Joel Schumacher, composta por Andrew Lloyd Weber e Charles Hart, em Masquerade percebo que a letra coaduna muito com o que eu comecei a esboçar em meu primeiro texto aqui no Mask & Musik.

Como tem muitos diálogos, seguem trechos.

(…)

Chorus
Masquerade!
Paper faces on parade...
Masquerade!
Hide your face, so the world will never find you!

Masquerade!
Every face a different shade...
Masquerade!
Look around -
There's another mask behind you!

Flash of mauve... splash of puce...
Fool and king... ghoul and goose...
Green and black... queen and priest...
Trace and rouge... face of beast...
Faces...
Take your turn, take a ride on the merry-go-round...
In an inhuman race...

Eye of gold... thigh of blue...
True is false... who is who...?
Crul of lip... swirl of gown...
Ace of hearts... face of clown...
Faces...
Drink it in, drink it up, till you've drowned
In the light...
In the sound...

Raoul/Christine
But who can name the face...

All
Masquerade!

Grinning yellows, spinning reds...

Masquerade!

Take you fill

Let the spetacle astoud you!


Masquerade!

Burning glances, turning heads...

Masquerade!

Stop and stare at the sea of smiles around you


Masquerade!

Seething shadows, breathing lies...
Masquerade!
You can fool any friend who ever knew you!

Masquerade!
Leering satyrs, peering eyes...
Masquerade!
Run and hide -
But a face will still pursue you!

Giry
What a night!
Meg
What a crowd!
Andre
Makes you glad!
Firmin
Makes you proud!
All the creme de la creme!
Carlotta
Watching us watching them!
Meg/giry
And all our fears are in the past!
Andre

Six months...
Piangi
Of relief!
Carlotta
Of delight!
Andre/firmin
Of elysian peace!
Meg/giry
And we can breathe at last!
Carlotta

No more notes!
Piangi
No more ghosts!
Giry
Here's a health!

Andre
Here's a toast: to a prosperous year!

Firmin
To the new chandelier!

Piangi/carlotta
And may its splendour never fade!

Firmin
Six months!
Giry

What a joy!
Meg
What a change!
Firmin/andre
What a blessed release!
Andre
And what a masquerade!

(…)


All
Masquerade!
Paper faces on parade!
Masquerade!
Hide your face, so the world will never find you!

Masquerade!
Every face a different shade!
Masquerade!
Look around -
There's another mask behind you!

Masquerade!
Burning glances turning heads...
Masquerade!
Stop and stare at the sea of smiles around you!

Masquerade!
Grinning yellows, spinning reds...
Masquerade!
Take your fill -
Let the spectacle astound you...


Encantados com espetáculos midiáticos, o que vemos e não vemos? Quantas máscaras são colocadas em nossos rostos sem que percebamos?

Não abomino as máscaras, pelo contrário. São necessárias para um convívio social, e até mesmo para o indíviduo conviver consigo mesmo, já que está em processo de evolução, com diversas coisas para descobrir, modificar, aceitar. Seu uso desenfreado, imposto e mascarado é que me assustam. De tantas máscaras que usamos, os espaços abertos para os olhos, nariz e boca podem se desencontrar, e assim vivermos cegos até o momento da asfixia...


Quantas máscaras você é capaz de observar ao seu redor? E no seu espelho???


Assista a um vídeo de Masquerade clicando aqui. E se quiser ler tradução, basta clicar aqui.

quinta-feira, junho 26, 2008

O Fortuna - Imperatrix Mundi (Carmina Burana) - Carl Orff

Eu tinha a necessidade vital de começar por essa música.
Porque ela é propícia pra isso. Porque fala dos altos e baixos da vida. Porque é uma composição maravilhosa. Porque música clássica muitas vezes bate mais forte do que rock n'roll. Porque é em latim. Por que a vida de todos é assim, cheia de altos e baixos e expostas a milhares de mudanças.
E porque foi a coisa mais linda que eu vi, no Theatro Municipal de São Paulo, junto com ótimos amigos.

Cantata composta por Carl Orff e parte de uma trilogia, Carmina Burana tem como base o conceito da Roda da Fortuna, símbolo transportado às cartas de Tarot. A Roda, que é da vida, sempre gira, para boa ou para má sorte. E a cantata começa (e termina) com um pedido à entidade, à deusa, Fortuna, em O fortuna.

Segue letra com tradução, by Wikipedia.

O fortuna - Carl Orff

O Fortuna, --- Ó Fortuna,
velut luna --- És como a lua
statu variabilis, --- Mutável,
semper crescis --- Sempre aumentas
aut decrescis; --- Ou diminuis;
vita detestabilis --- A detestável vida
nunc obdurat --- Ora oprime
et tunc curat --- E ora cura
ludo mentis aciem, --- Para brincar com a mente;
egestatem, --- Miséria,
potestatem --- Poder,
dissolvit ut glaciem. --- Ela os funde como gelo.

Sors immanis --- Sorte monstruosa
et inanis, --- E vazia,
rota tu volubilis --- Tu, roda volúvel
status malus, --- És má,
vana salus --- Vã é a felicidade
semper dissolubilis, --- Sempre dissolúvel,
obumbrata --- Nebulosa
et velata --- E velada
michi quoque niteris;--- Também a mim contagias;
nunc per ludum --- Agora por brincadeira
dorsum nudum --- O dorso nu
fero tui sceleris. --- Entrego à tua perversidade.

Sors salutis --- A sorte na saúde
et virtutis --- E virtude
michi nunc contraria--- Agora me é contrária.
est affectus--- Dá
et defectus--- E tira
semper in angaria --- Mantendo sempre escravizado
hac in hora--- Nesta hora
sine mora --- Sem demora
cordum pulsum tangite; --- Tange a corda vibrante;
quod per sortem --- Porque a sorte
sternit fortem, --- Abate o forte,
mecum omnes plangite! -- Chorai todos comigo!


Eu recomendo que toda a obra seja ouvida, mas você pode desfrutar dessa música clicando aqui!

Abraços, e que a Fortuna esteja com você... ;-)

La cucaracha (y mi infancia)

¡Hola! ¿Que tal?

Antes de ayer asisti un espetaculo teatral, hibrido, y tuve la oportunidad de hablar con actores españoles. Y después, para mi sorpresa, otro grupo hispano presentó una música que me ha hecho recordar de mi infancia.

Dedico este texto a Lully, mi amiga-madre-hermana-compañera, que me presentó la lengua española y muchissimas otras cosas de la vida. Neoqeav, Lully!

La cucaracha
La cucaracha, la cucaracha
Ya no puede caminar
Porque no tiene
Porque le falta
Una patita de atras

He dicho que las cucarachas son animales importantes... Escuchando la música, voy hacer las cosas que tengo voluntad, volveré a mis pensamientos de la infancia más puros, antes qué perca mis patitas de atras.

¡Hasta luego!

quarta-feira, junho 25, 2008

Mask & Musik: auto-entrevista

Cric... Cric... Cric... Silêncio... Palco vazio. Blog vazio.

Senhoras e senhores, boa noite!
Alguém já disse que quando o artista sente a necessidade de explicar sua arte ao público, um dos dois é burro! Escusado dizer que não pretendemos arremessar semelhante adjetivo sobre a distinta platéia. Mas achamos por bem dirigir-lhes umas palavrinhas à guisa de introdução.
(Ópera do Malandro, Chico Buarque de Holanda)


Abrindo o Mask & Musik®, nada melhor do que uma auto-entrevista com o autor (Jorge) Estel, para os que por aqui passarem saibam o que vem pela frente (ou por trás).

(Estel) Bem, Estel, por quê um novo blog, depois de tantos anos de um Pensamento Noturno, abandonado há pelo menos quatro anos?

(Estel) Uhm... Porque o artista sente a necessidade de se expressar. Mas não em todos os momentos e muito menos em todas as formas. Agora estou novamente com vontade de expressar pela Internet, mesmo que por aqui só passem algumas baratas. BARATAS! Elas mereciam um pouquinho mais de respeito, não acha?, futuras sobreviventes de alguma desgraça nuclear... Mas isso não vem ao caso, agora.

(Estel) Mask & Musik... Que frescura! Por que usar Inglês? Cadê o velho e bom português, "Máscara e música"?

(Estel) Uhm... Você se enganou, meu querido. Criei o Mask & Musik com base na Etimologia, graças ao Priberam e à minha mente fértil. Tá, tá, cheia de merda, eu sei... Enfim, mask é uma abreviação de maskhara, do árabe, e musik uma corruptela de mousiké, do grego. Então, não tem nada de inglês na brincadeira, e o português você acha na padoca da esquina.

(Estel) Certo, certo... Mas o que você pretende fazer por aqui?

(Estel) Uhm... Háhá, você percebeu que eu falo muito "uhm...", né? (Isso me lembra dois casos engraçados, um dia em conto) Vamo lá, vai.

Mask
Na sociedade contemporânea, ninguém vive sem máscaras. No plural, mesmo. Foi-se o tempo das tragédias gregas e do auge dos bailes de máscaras de burguesia européia, agora só nas festas particulares e nos Carnavais. Porém, a cada dia as pessoas vestem máscaras, personas, para sair na rua, para conversar, para atender ao telefone, para consumir... Enfim, muitos rostos estão sob camadas de máscaras... Aqui pretendo apontar algumas delas, e tirar algumas minhas, também.

Musik
Em 2004, na Galeria do Rock, comprei um adesivo que dizia algo como "diga o que ouves que te direi quem és". Nunca procurei saber se a gramática estava correta, mas, para mim, é uma grande máxima.

Algumas músicas que eu ouço falam mais de mim do que eu mesmo sei. Não entendo patavinas de Música, assim com eme maiúsculo mesmo, nem na teoria nem na prática. Só entendo quando, independentemente do estilo, ela entra primeiro pelos meus ouvidos, se desloca pelo meu corpo, reverbera no peito, penetra meus poros, adentra pela ponta dos meus dedos, dobra e desdobra meus joelhos e em algum momento nesse caminho todo encontra a minha alma...

Com músicas que pra mim são importantes, o leitor poderá encontrar alento para seus pensamentos, e de lambuja me conhecer um pouco mais!

(Estel) Entendido, então, rapaz... Boa sorte com o novo blog, com máscaras e com músicas.

(Estel) Hantalë! (obrigado!)

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