domingo, março 29, 2009

Por quê ESTEL?

Essa é uma pergunta que todos me fazem, uma hora ou outra, mais cedo ou mais tarde.

O comentário do amigo Gabriel, que transcrevo abaixo, me despertou a vontade de escrever. Se eu tivesse respondido ao comentário dele dentro do post, ficaria exposto a somente alguns. E o que vem a seguir, pode ser do interesse de todos os que aqui frequentam.

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Blogger Gabiruu disse...

o ser que escreve e descreve fatos e sentimentos nesse blog, não sei se por ser meu amigo, faz com que eu em todas as vezes que entro nesse diário de bordo, veja a vida de outro jeito e volte a sentir um pouco de esperança em tudo o que estou vivendo!
parabéns, mais uma vez, por ser Estel!
e parabéns pela conquista, é claro!
abraço

29 de Março de 2009 22:50


Esperança... Adoro essa palavra! Até porque, se não, não seria eu "estel".

Aos que não sabem, a palavra estel significa, em uma das línguas élficas de Tolkien, mais precisamente o Sindarin, "esperança".

Muitos acham que estel é meu nome de registro civil, ou um sobrenome. E eu sempre dou a mesma explicação, com mais ou menos detalhes, conforme minha vontade e o entendimento do ouvinte, no que tange literatura e grupos de estudos e discussão. E na maioria das vezes a resposta é uma cara de "esse aí é meio doido..."

Pois bem.

Estel era um apelido, nickname no vocabulário internético, que escolhi ao entrar para o Conselho Branco Sociedade Tolkien, e que hoje assimilei a mim como um todo. É costume nesses grupos escolher um apelido, relativo à obra discutida.

Escolhi estel porque Estel é um dos nomes do personagem Aragorn, pelo qual me afeiçoo (talvez alguém com conhecimento de arquétipos da Psicologia possa traçar paralelos entre nós dois, hehe). Aragorn foi criado sob esse nome, pelo povo élfico, devido à sua linhagem nobre (era um dúnadan) que deveria permanecer em segredo até o momento exato (era herdeiro de Isildur, aquele que derrotou Sauron, o Senhor do Escuro). Aragorn cresceu, e se tornou um guardião, viajou pela Terra-média e, ao lado de Gandalf e outros companheiros, participou da Sociedade do Anel, comitiva criada a auxiliar Frodo em sua demanda.

Lady Gilraen, mãe de Aragorn, em um linnod (verso), disse: "Onen i-Estel Edain, ú-chebin estel anim"
("Dei Esperança aos Homens, não guardei nenhuma esperança para mim").

Eu sou estel porque tenho esperança. Em mim, em você, no mundo todo. Esperança em um futuro melhor, um mundo melhor, uma vida melhor. Mas nada no pieguismo da inação, ou da dominação ideológica sócio-cultural na qual se mantém os indivíduos; eu, a cada dia, tento ser diferente, cada vez mais centrado em meus sentimentos e correto em minhas escolhas.

E sou estel porque nessa vida louca e solitária que levo preciso reforçar a mim mesmo que não posso falhar em minhas escolhas, dar o braço a torcer ou me deixar ser levado pela correnteza. Drummond teria olhado para mim e dito que nasci torto, que nem o anjo que lhe apareceu.

Sou torto. Nado contra a correnteza. Mais de uma, até. Penso e questiono o mundo. Critico. Tenho minhas preferências, minhas particularidades, um modus vivendi exótico, estranho. Sorrio sempre, mas sei ser áspero quando o sentimento assim exige. E, por isso, pago um preço. Alto. E estel não me faz esquecer que se o preço é alto, o bem consumido é de melhor qualidade, heheh....

E meu nome de registro?!?!?

Só meus amigos das antigas (Aninha, Carla, Carol, Cris, Daiane, Henrique, Jéssica Borges, Jéssica Ferreira, etc ...) e meus familiares me chamam de Jorge (meu nome civil).

Faculdade, casa, teatro, kung fu, tudo, em tudo sou Estel. Eu me chamo (no sentido de referir-se a si mesmo) Estel.

Jorge... Jorge é aquele que cultiva a terra, agricultor.
Mas por muito tempo, era um nome que me trazia peso. Peso do corpo físico, peso da cobrança familiar de ser o filhinho-perfeito, peso de aparentar ser o que não era, e sim do que os outros esperavam que eu fosse. Naquela época, eu era um vassalo de senhores feudais, cultivava a terra alheia e não era dono de minha própria terra.

Estel veio no momento certo.
Novas pessoas (hoje muito queridas, todas amigas, irmãs, conselheiras, e tenho até uma mãe-aracnídea!) no momento certo. Novo nome. Outra personalidade. Mentira, era a personalidade revelada entre os seus, quando uma das mais antigas maskharas começava a ser retirada.

Sou Estel. Pode não constar (ainda) em registros civis. Mas descobri meu verdadeiro nome, que faz parte do nome do meu verdadeiro ser..

Mas, passados tantos anos, e por tantas experiências, também sou Jorge. Desapeguei-me do que não era eu, e hoje consigo cultivar o que bem quero. Sinto-me grato (ao ponto de, ao invés de estar estudando para as provas, estar escrevendo aqui, de corpo e alma para meu bom leitor), extremamente grato, ao ver que consigo semear esperança! =D

Porque sou Jorge Estel, aquele que cultiva a terra e a esperança.
Namaste.

Kung Fu Fighting

Bruno, Edson, Leandro, Thomas... Congratulações, queridos amigos!
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Estes quatro companheiros de treino lá do Clã de Artes Marciais, e eu, passamos mais uma provação em nosso caminho da arte marcial do Kung Fu.

Foram alguns bons meses de trabalho árduo, muito suor, abdominais, flexões, corridas, pinças, cavalos, gatos e falsos, alguns sofrimentos, joelho dolorido, um nariz sangrando... E ontem, após diversas dificuldades superadas (mas sem deixar a maré de felicidade levar o saber que novas estão por vir e que deverão ser superadas), passamos todos!

Rapazes, parabéns pela aquisição da primeira faixa de vocês! E, como esse blog é meu e não sou lá muito modesto, parabéns para mim também, né?! Agora me faltam quatro listras vermelhas... hehehe

Se passei para uma nova etapa (com o joelho meio ferrado, alguns erros que me deixaram irritados mas que serviram para canalizar melhor a energia nas explosões do kune nek kuen) e consegui passar no exame, foi graças aos ensinamentos que recebi do querido Professor Marcelo Bonnano. Obrigado por tudo, Marcelo!

Agora é descansar meus joelhos, acertar melhor os katis e partir para a nova fase, yeah! Recolherei-me um pouco, para cumprir o calendário de provas da faculdade, e mais, restabelecer o organismo e voltar com força total, até por que everybody was kung-fu fighting, those kids were fast as lightning, In fact it was a little bit frightening, but they fought with expert timing...



Tá, vai, ainda não chegamos ao relâmpago, e também à perfeita sincronia (claro, não somos de Chinatown, huauhauha). Foi meio estranho, isso sim, mas não nos faltou garra e espírito, e isso é o que importa, não é?

Trabalhemos arduamente, persistamos no caminho (seja ele de uma arte marcial, ou não), e sejamos completos no infinito vazio da vida! Isso que importa.... Namaste!

domingo, março 01, 2009

One God - Barbra Streisand

Olá, querido frequentador do Mask & Musik!
Espero que esteja muito bem. Muita luz a você, é o que desejo.

Bem, recebi a musik que segue abaixo através de um daqueles powerpoints para reflexão. E o recebi de uma querida amiga, a Tia Rosa.

A vida é uma Roda totalmente desenfreada, não? Sabe quando, por uma sincronicidade do tempo, conhecemos um alguém que tem tudo a ver conosco? E, melhor, tem a ver muito mais? É em um daqueles momentos mágicos, em que as linhas da vida se unem e, por um breve instante, somos mais que indivíduos, somos uma centelha divina que se expande, expande, até o infinito... Você já sentiu isso???

Pois bem. Esse foi meu encontro com a Tia Rosa. Naquela tarde de Natal, evoluí. Só por olhar em seus olhos e sentir alegria já me tornei alguém melhor. Conversar com ela, então! Aprendi muito, e confirmei alguns valores muito mais.

Trocamos experiências. Isso foi importante. Espero eu que tenha também levado à ela uma oportunidade de crescimento. Ela é uma das pessoas que vai para o espaço místico em minha alma. Foi um prazer conhecê-la, e à ela dedico esse meu texto.

Vamos à musik.
Mesmo que fale em um só, e eu creia em duas faces da mesma energia criadora do universo, uma de Deus e outra da Deusa, One God passa uma boa mensagem. Basta você colocar "god" no plural que eu fico feliz, hehehe... ;-)

One God
interpretação: Barbra Streisand and Johnny Mathis
composição: Ervin Drake and Jimmy Shirl

(Johnny Mathis)

Millions of stars placed in the skies by ONE GOD;
Millions of men lift up their eyes to ONE GOD.
So many children calling to him by many a different name;
One Father, loving each the same.

(Barbra Streisand)

Many the ways all of us pray
to ONE GOD
Many the paths
winding their way
to ONE GOD
Brothers and sisters there were no strangers
after His work was done
For your God and my God
are ONE
Millions of stars placed in the skies by ONE GOD
Millions of us lift up our eyes to ONE GOD
So many children calling outloud
by many a different name
One Father
Loving each the same

(Johnny Mathis)

So many children calling to him by many a different name;
One Father, loving each the same.

(Barbra Streisand)

Millions of stars placed in the skies by ONE GOD
Millions of us lift up our eyes to ONE GOD
So many children calling to Him
By many a different name
One Father...loving each the same

(Johnny Mathis)

Many the ways all of us pray to ONE GOD;
Many the paths winding their way to ONE GOD.
Walk with me brother, there were no strangers
After His work was done,
For your God and my God are One!!!

(Barbra Streisand)

Many the ways all of us pray to ONE GOD
Many the paths winding their way to ONE GOD
Brothers and sisters...there were no strangers
After the work was done

By our God
Yes, your God
And my God
Are ONE.

(Johnny Mathis)

Many the ways all of us pray to ONE GOD;
Many the paths winding their way to ONE GOD.
Walk with me brother, there were no strangers
After His work was done,
For your God and my God are One!!!

Se todos aqueles que guerreiam porque acham que o fazem em nome do "verdadeiro" deus, ou aquelas pessoas INSUPORTÁVEIS que ficam com proselitismos religiosos no trem, metrô, na frente da sua casa com uma musiquinha particularmente chata no templo na frente da sua casa e no último volume quando você queria pura e simplesmente ver um filme em paz, bem, se essas pessoas percebecem o cerne dessa música, que, no fundo no fundo, o simples existir é algo divino, e que todos aqueles que têm fé têm fé na mesma causa, quem sabe eles não se matariam, não nos matariam e não nos apurrinhariam tanto.

Quem sabe minhas queridas bruxas e queridos bruxos de outrora não tivessem sido cruelmente assasinados. Certamente, teriamos milhares de mortes a menos para colocar na História do Ser Humano.

Eu detesto proselitismo religioso. Detesto.
Ah, e confira o vídeo (clicando no título da musik, porque tem ótimas imagens, além das vozes indiscutivelmente belíssimas)!

Omitofo.