quinta-feira, outubro 02, 2008

A Voz da Chuva - Barão Vermelho

Eis-me aqui, diante do computador, sob uma madrugada chuvosa de primavera. E não poderia deixar de honrar essa chuva que pode gelar o corpo mas que lava a alma; não só a minha, mas a de Gaia maculada, corrompida de poeira, cimento e concreto. Porém, ainda há vida, ainda há esperança. Animais e plantas estão a saldar o novo tempo, a hora de recriar e perpetuar a vida até que surja o verão e faça a energia de todos brilhar e brilhar.

A chuva que esfria também purifica, engrandece e dá força em nossas jornadas. À esta chuva que cai lá fora, sua voz, no jeito malucão e maneiro do Frejat.

A Voz da Chuva - Barão Vermelho
Composição: Frejat/Ezequiel Neves/Sérgio Serra

A voz da chuva
Faz cócegas no meu ouvido
Falando de sementes,
E frutos brotando
É como a gente, baby
Ou você está me enganando?

Me engana, me engana,baby
Eu continuo dançando

A chuva quando fala
Lava minha alma
Ela me acalma
Quando a chuva fala
Molha tudo
Tudo vinga germinando
A voz da chuva é a gente se molhando

A voz da chuva
É a gente gritando
Os pára-raios pifaram
E a gente continua amando

É pra você que eu vou
Chega de requiem roll
A voz da chuva sou eu, baby
Desaguando em teus ouvidos
A voz da chuva
São os nossos gemidos