Essa é uma pergunta que todos me fazem, uma hora ou outra, mais cedo ou mais tarde.
O comentário do amigo Gabriel, que transcrevo abaixo, me despertou a vontade de escrever. Se eu tivesse respondido ao comentário dele dentro do post, ficaria exposto a somente alguns. E o que vem a seguir, pode ser do interesse de todos os que aqui frequentam.
O comentário do amigo Gabriel, que transcrevo abaixo, me despertou a vontade de escrever. Se eu tivesse respondido ao comentário dele dentro do post, ficaria exposto a somente alguns. E o que vem a seguir, pode ser do interesse de todos os que aqui frequentam.
Esperança... Adoro essa palavra! Até porque, se não, não seria eu "estel".
Aos que não sabem, a palavra estel significa, em uma das línguas élficas de Tolkien, mais precisamente o Sindarin, "esperança".
Muitos acham que estel é meu nome de registro civil, ou um sobrenome. E eu sempre dou a mesma explicação, com mais ou menos detalhes, conforme minha vontade e o entendimento do ouvinte, no que tange literatura e grupos de estudos e discussão. E na maioria das vezes a resposta é uma cara de "esse aí é meio doido..."
Pois bem.
Estel era um apelido, nickname no vocabulário internético, que escolhi ao entrar para o Conselho Branco Sociedade Tolkien, e que hoje assimilei a mim como um todo. É costume nesses grupos escolher um apelido, relativo à obra discutida.
Escolhi estel porque Estel é um dos nomes do personagem Aragorn, pelo qual me afeiçoo (talvez alguém com conhecimento de arquétipos da Psicologia possa traçar paralelos entre nós dois, hehe). Aragorn foi criado sob esse nome, pelo povo élfico, devido à sua linhagem nobre (era um dúnadan) que deveria permanecer em segredo até o momento exato (era herdeiro de Isildur, aquele que derrotou Sauron, o Senhor do Escuro). Aragorn cresceu, e se tornou um guardião, viajou pela Terra-média e, ao lado de Gandalf e outros companheiros, participou da Sociedade do Anel, comitiva criada a auxiliar Frodo em sua demanda.
Lady Gilraen, mãe de Aragorn, em um linnod (verso), disse: "Onen i-Estel Edain, ú-chebin estel anim"
("Dei Esperança aos Homens, não guardei nenhuma esperança para mim").
Eu sou estel porque tenho esperança. Em mim, em você, no mundo todo. Esperança em um futuro melhor, um mundo melhor, uma vida melhor. Mas nada no pieguismo da inação, ou da dominação ideológica sócio-cultural na qual se mantém os indivíduos; eu, a cada dia, tento ser diferente, cada vez mais centrado em meus sentimentos e correto em minhas escolhas.
E sou estel porque nessa vida louca e solitária que levo preciso reforçar a mim mesmo que não posso falhar em minhas escolhas, dar o braço a torcer ou me deixar ser levado pela correnteza. Drummond teria olhado para mim e dito que nasci torto, que nem o anjo que lhe apareceu.
Sou torto. Nado contra a correnteza. Mais de uma, até. Penso e questiono o mundo. Critico. Tenho minhas preferências, minhas particularidades, um modus vivendi exótico, estranho. Sorrio sempre, mas sei ser áspero quando o sentimento assim exige. E, por isso, pago um preço. Alto. E estel não me faz esquecer que se o preço é alto, o bem consumido é de melhor qualidade, heheh....
E meu nome de registro?!?!?
Só meus amigos das antigas (Aninha, Carla, Carol, Cris, Daiane, Henrique, Jéssica Borges, Jéssica Ferreira, etc ...) e meus familiares me chamam de Jorge (meu nome civil).
Faculdade, casa, teatro, kung fu, tudo, em tudo sou Estel. Eu me chamo (no sentido de referir-se a si mesmo) Estel.
Jorge... Jorge é aquele que cultiva a terra, agricultor.
Mas por muito tempo, era um nome que me trazia peso. Peso do corpo físico, peso da cobrança familiar de ser o filhinho-perfeito, peso de aparentar ser o que não era, e sim do que os outros esperavam que eu fosse. Naquela época, eu era um vassalo de senhores feudais, cultivava a terra alheia e não era dono de minha própria terra.
Estel veio no momento certo.
Novas pessoas (hoje muito queridas, todas amigas, irmãs, conselheiras, e tenho até uma mãe-aracnídea!) no momento certo. Novo nome. Outra personalidade. Mentira, era a personalidade revelada entre os seus, quando uma das mais antigas maskharas começava a ser retirada.
Sou Estel. Pode não constar (ainda) em registros civis. Mas descobri meu verdadeiro nome, que faz parte do nome do meu verdadeiro ser..
Mas, passados tantos anos, e por tantas experiências, também sou Jorge. Desapeguei-me do que não era eu, e hoje consigo cultivar o que bem quero. Sinto-me grato (ao ponto de, ao invés de estar estudando para as provas, estar escrevendo aqui, de corpo e alma para meu bom leitor), extremamente grato, ao ver que consigo semear esperança! =D
Porque sou Jorge Estel, aquele que cultiva a terra e a esperança.
Namaste.
Aos que não sabem, a palavra estel significa, em uma das línguas élficas de Tolkien, mais precisamente o Sindarin, "esperança".
Muitos acham que estel é meu nome de registro civil, ou um sobrenome. E eu sempre dou a mesma explicação, com mais ou menos detalhes, conforme minha vontade e o entendimento do ouvinte, no que tange literatura e grupos de estudos e discussão. E na maioria das vezes a resposta é uma cara de "esse aí é meio doido..."
Pois bem.
Estel era um apelido, nickname no vocabulário internético, que escolhi ao entrar para o Conselho Branco Sociedade Tolkien, e que hoje assimilei a mim como um todo. É costume nesses grupos escolher um apelido, relativo à obra discutida.
Escolhi estel porque Estel é um dos nomes do personagem Aragorn, pelo qual me afeiçoo (talvez alguém com conhecimento de arquétipos da Psicologia possa traçar paralelos entre nós dois, hehe). Aragorn foi criado sob esse nome, pelo povo élfico, devido à sua linhagem nobre (era um dúnadan) que deveria permanecer em segredo até o momento exato (era herdeiro de Isildur, aquele que derrotou Sauron, o Senhor do Escuro). Aragorn cresceu, e se tornou um guardião, viajou pela Terra-média e, ao lado de Gandalf e outros companheiros, participou da Sociedade do Anel, comitiva criada a auxiliar Frodo em sua demanda.
Lady Gilraen, mãe de Aragorn, em um linnod (verso), disse: "Onen i-Estel Edain, ú-chebin estel anim"
("Dei Esperança aos Homens, não guardei nenhuma esperança para mim").
Eu sou estel porque tenho esperança. Em mim, em você, no mundo todo. Esperança em um futuro melhor, um mundo melhor, uma vida melhor. Mas nada no pieguismo da inação, ou da dominação ideológica sócio-cultural na qual se mantém os indivíduos; eu, a cada dia, tento ser diferente, cada vez mais centrado em meus sentimentos e correto em minhas escolhas.
E sou estel porque nessa vida louca e solitária que levo preciso reforçar a mim mesmo que não posso falhar em minhas escolhas, dar o braço a torcer ou me deixar ser levado pela correnteza. Drummond teria olhado para mim e dito que nasci torto, que nem o anjo que lhe apareceu.
Sou torto. Nado contra a correnteza. Mais de uma, até. Penso e questiono o mundo. Critico. Tenho minhas preferências, minhas particularidades, um modus vivendi exótico, estranho. Sorrio sempre, mas sei ser áspero quando o sentimento assim exige. E, por isso, pago um preço. Alto. E estel não me faz esquecer que se o preço é alto, o bem consumido é de melhor qualidade, heheh....
E meu nome de registro?!?!?
Só meus amigos das antigas (Aninha, Carla, Carol, Cris, Daiane, Henrique, Jéssica Borges, Jéssica Ferreira, etc ...) e meus familiares me chamam de Jorge (meu nome civil).
Faculdade, casa, teatro, kung fu, tudo, em tudo sou Estel. Eu me chamo (no sentido de referir-se a si mesmo) Estel.
Jorge... Jorge é aquele que cultiva a terra, agricultor.
Mas por muito tempo, era um nome que me trazia peso. Peso do corpo físico, peso da cobrança familiar de ser o filhinho-perfeito, peso de aparentar ser o que não era, e sim do que os outros esperavam que eu fosse. Naquela época, eu era um vassalo de senhores feudais, cultivava a terra alheia e não era dono de minha própria terra.
Estel veio no momento certo.
Novas pessoas (hoje muito queridas, todas amigas, irmãs, conselheiras, e tenho até uma mãe-aracnídea!) no momento certo. Novo nome. Outra personalidade. Mentira, era a personalidade revelada entre os seus, quando uma das mais antigas maskharas começava a ser retirada.
Sou Estel. Pode não constar (ainda) em registros civis. Mas descobri meu verdadeiro nome, que faz parte do nome do meu verdadeiro ser..
Mas, passados tantos anos, e por tantas experiências, também sou Jorge. Desapeguei-me do que não era eu, e hoje consigo cultivar o que bem quero. Sinto-me grato (ao ponto de, ao invés de estar estudando para as provas, estar escrevendo aqui, de corpo e alma para meu bom leitor), extremamente grato, ao ver que consigo semear esperança! =D
Porque sou Jorge Estel, aquele que cultiva a terra e a esperança.
Namaste.
[EDIT: mais sobre isso aqui, oh! http://maskmusik.blogspot.com/2009/04/nota-mais-sobre-por-que-estel.html]
o ser que escreve e descreve fatos e sentimentos nesse blog, não sei se por ser meu amigo, faz com que eu em todas as vezes que entro nesse diário de bordo, veja a vida de outro jeito e volte a sentir um pouco de esperança em tudo o que estou vivendo!
parabéns, mais uma vez, por ser Estel!
e parabéns pela conquista, é claro!
abraço
29 de Março de 2009 22:50