Estou sentindo cansaço em meu corpo físico, devido ao treino de ontem. Meus olhos pesam, ressecados, porque estou morrendo (metaforicamente) de sono e forçando a visão em frente a um tela de LCD.
São 00h21, exatamente. Tenho que acordar daqui à cinco horas e trinta e nove minutos (em tese).
Entretanto, uma cena muito peculiar me fez ficar acordado até agora (bem como algumas pendências do Conselho a resolver e uma grande amiga, a Marli, que tive o prazer de rever online quando liguei o computador e automaticamente meu MSN se conectou e eu a vi, e não me contive a não conversar com essa querida loira. Esta postagem dedico à ela!) .
Entretanto, uma cena muito peculiar me fez ficar acordado até agora (bem como algumas pendências do Conselho a resolver e uma grande amiga, a Marli, que tive o prazer de rever online quando liguei o computador e automaticamente meu MSN se conectou e eu a vi, e não me contive a não conversar com essa querida loira. Esta postagem dedico à ela!) .
Não queria postar uma mensagem como esta no início de 2009. Mas a gente não tem controle sobre determinadas coisas que acontecem... Acompanhe essa postagem até o fim, e depois comente se as coisas são ou não são incríveis!
Tudo começou na Linha Azul do Metrô, quando eu me dirigia até a Saúde para vir para meu lar, The Prancing Pony, aqui em São Bernardo do Campo.
Sentada no banco a minha frente, porém do outro lado do corredor, uma moça de rosto belo, contudo com olhar caído, triste e divagador. Em seu colo, um vaso de flores em um arranjo de caixa marrom e papel como celofane dourado. As flores eram cor-de-rosas, todas elas muito juntinhas uma às outras.
Eu, no começo, estava perdido no olhar triste da moça, até notar as flores.
Depois, passei a vê-las com a lateral do meu campo de visão, sem tirar a atenção da cena ampla, e sentir como era contraditória. Uma bela moça, com um belo arranjo de flores em seu colo, e um olhar caído, triste e divagador. Eu passei a divagar naquela cena.
Depois, passei a vê-las com a lateral do meu campo de visão, sem tirar a atenção da cena ampla, e sentir como era contraditória. Uma bela moça, com um belo arranjo de flores em seu colo, e um olhar caído, triste e divagador. Eu passei a divagar naquela cena.
Quando, passado alguns segundos, ou toda uma eternidade efêmera, notei realmente as flores. Cor-de-rosas. Tinham um tom que combinavam com a blusa daquela moça, mas não me atentei ao que ela vestia. Passava agora a observar as flores. Não sabia, e ainda não sei, de que tipo que eram. Mas eram bonitas. E passei a imaginar como que aquela moça não se alegrava a ter consigo belas flores e poder sentir o aroma que elas possivelmente exalavam, ou pelo menos o frescor de vida que emitiam.
Nesse momento, quase a chegar no fim da minha viagem de metrô, entendi o que era contraditório, na verdade. A vida, naquele momento melancólico que senti naquela moça, e a falsidade do vaso de flores em seu colo. Observei melhor as folhas daquele vaso. Eram grandes. De um verde muito vivo. Vivo até demais.
Eram flores de plástico.
Flores - Titãs
Composição: Tony Bellotto, Sérgio Britto, Charles Gavin e Paulo Miklos
Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo
A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem
Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo
A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem
Saí da composição do metrô, perplexo. Tanto por não ter cruzado meu olhar com aquela moça, que divagava longe, e ter o peso de saber que se eu tivesse lhe sorrido sua vida poderia ter melhorado, quanto, e mais, ainda mais por isso, ter sido enganado por um arranjo de flores de plástico.
Que vida é essa que vivemos?! Onde preferimos as flores que não morrem a crescer com a experiência que a vida nos dá?
Como fui deixar meus olhos serem enganados por uma falsa magia eterna de um vaso de flores de plástico?
Quem sabe se aquela moça tivesse em seu colo flores de verdade, ela não estivesse mais feliz...
Quem sabe se estivéssemos mais conscientes de que essa vida, e todas elas, terminam no vazio, que é o tudo-nada, não aproveitássemos mais a verdade do mundo, do interior de cada um de nós, e então seríamos mais felizes, mesmo sabendo que tudo é vazio e que estar feliz é estar ausente e saber que tudo é vazio.
Quem sabe não nos compadeceríamos verdadeiramente pelos irmãos que sofrem em Gaza, na África, e ao redor de todo o mundo, e não ficaríamos mais assistindo a tudo confortavelmente, sentados em frente a uma televisão, assistindo e cada vez mais sendo mergulhados no simulacro que o Big Brother invisível nos impele.
Marli, e demais marlis e homens-marli que isto leem. Estar down. Estar. É um estado. Nada se é. Não somos nada. No mais, estamos algo.
E podemos mudar esse estado. Basta agir (aplicar energias com base em um querer).
Agora são 00h48. Estou tranquilo, agora.
E quero flores, de verdade, que não trazem engano, mas sim a verdade, em todos os campos....
Que vida é essa que vivemos?! Onde preferimos as flores que não morrem a crescer com a experiência que a vida nos dá?
Como fui deixar meus olhos serem enganados por uma falsa magia eterna de um vaso de flores de plástico?
Quem sabe se aquela moça tivesse em seu colo flores de verdade, ela não estivesse mais feliz...
Quem sabe se estivéssemos mais conscientes de que essa vida, e todas elas, terminam no vazio, que é o tudo-nada, não aproveitássemos mais a verdade do mundo, do interior de cada um de nós, e então seríamos mais felizes, mesmo sabendo que tudo é vazio e que estar feliz é estar ausente e saber que tudo é vazio.
Quem sabe não nos compadeceríamos verdadeiramente pelos irmãos que sofrem em Gaza, na África, e ao redor de todo o mundo, e não ficaríamos mais assistindo a tudo confortavelmente, sentados em frente a uma televisão, assistindo e cada vez mais sendo mergulhados no simulacro que o Big Brother invisível nos impele.
Marli, e demais marlis e homens-marli que isto leem. Estar down. Estar. É um estado. Nada se é. Não somos nada. No mais, estamos algo.
E podemos mudar esse estado. Basta agir (aplicar energias com base em um querer).
Agora são 00h48. Estou tranquilo, agora.
E quero flores, de verdade, que não trazem engano, mas sim a verdade, em todos os campos....