Ai, ai.
É Brasil. É Carnaval.
Não estamos na crise, não! Impressão sua, minha sinhá e meu sinhô!
São milhões de reais que circulam pelo Sambódromo, outros mais pela Sapucaí. Dentro e fora deles.
É coisa do Turismo, com T maiúsculo! Hotéis, bordéis, os Arcos da Lapa, os vendedores ambulantes, as camisinhas, as bordadeiras das fantasias, a venda dos pavões cruelmente assassinados por suas penas, os futuros coquetéis para SIDA (Sindrome da ImunoDeficiência Adquirida, para os mais lesadinhos que não sabem que AIDS é uma sigla importada) que serão vendidos daqui alguns meses aos mais imprudentes, os terninhos de madeira pra quem bebeu demais e saiu dirigindo...
É, minha gente! É Carnaval! Sambemos nós, se é que alguém ainda usa o subjuntivo pra alguma coisa...
Não há miséria, não há mortes, nem arrastões. Muito menos seres ignóbeis que ocupam a Assembleia e o Planalto (ops, esqueci: estão vazios, porque é Carnaval).
O Brasil só volta a funcionar (o Brasil funciona???) depois do Carnaval. O mais importante é se soltar, e ser feliiiiiz! Aháháhá!
Como a hipocrisia brasileira me incomoda. Principalmente no Carnaval e no Natal. Bando de gente imbecil!
Mas com nem tudo é essa merda, segue musik do Chico, que pode ser ouvida na voz da maravilhosa Elis Regina se você clicar bem aqui! (O vídeo é tosquinho, mas o que vale é a canção).
Noite Dos Mascarados (Ft. Elis Regina)
Composição: Chico Buarque
[Chico]
Quem é você?
[Elis]
Adivinha se gosta de mim
[Coro]
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim
[Chico]
Quem é você?, diga logo
[Elis]
Que eu quero saber o seu jogo
[Chico]
Que eu quero morrer no seu bloco
[Elis]
Que eu quero me arder no seu fogo
[Chico]
Eu sou seresteiro, poeta e cantor
[Elis]
O meu tempo inteiro só zombo do amor
[Chico]
Eu tenho um pandeiro
[Elis]
Só quero um violão
[Chico]
Eu nado em dinheiro
[Elis]
Não tenho um tostão
Fui porta-estandarte, não sei mais dançar
[Chico]
Eu, modéstia à parte, nasci para sambar
[Elis]
Eu sou tão menina
[Chico]
Meu tempo passou
[Elis]
Eu sou Colombina
[Chico]
Eu sou Pierrot
[Coro]
Mas é Carnaval, não me diga mais quem é você
Amanhã tudo volta ao normal
Deixa a festa acabar
Deixa o barco correr
Deixa o dia raiar
Que hoje eu sou da maneira
Que você me quer
O que você pedir, eu lhe dou
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser
É Brasil. É Carnaval.
Não estamos na crise, não! Impressão sua, minha sinhá e meu sinhô!
São milhões de reais que circulam pelo Sambódromo, outros mais pela Sapucaí. Dentro e fora deles.
É coisa do Turismo, com T maiúsculo! Hotéis, bordéis, os Arcos da Lapa, os vendedores ambulantes, as camisinhas, as bordadeiras das fantasias, a venda dos pavões cruelmente assassinados por suas penas, os futuros coquetéis para SIDA (Sindrome da ImunoDeficiência Adquirida, para os mais lesadinhos que não sabem que AIDS é uma sigla importada) que serão vendidos daqui alguns meses aos mais imprudentes, os terninhos de madeira pra quem bebeu demais e saiu dirigindo...
É, minha gente! É Carnaval! Sambemos nós, se é que alguém ainda usa o subjuntivo pra alguma coisa...
Não há miséria, não há mortes, nem arrastões. Muito menos seres ignóbeis que ocupam a Assembleia e o Planalto (ops, esqueci: estão vazios, porque é Carnaval).
O Brasil só volta a funcionar (o Brasil funciona???) depois do Carnaval. O mais importante é se soltar, e ser feliiiiiz! Aháháhá!
Como a hipocrisia brasileira me incomoda. Principalmente no Carnaval e no Natal. Bando de gente imbecil!
Mas com nem tudo é essa merda, segue musik do Chico, que pode ser ouvida na voz da maravilhosa Elis Regina se você clicar bem aqui! (O vídeo é tosquinho, mas o que vale é a canção).
Noite Dos Mascarados (Ft. Elis Regina)
Composição: Chico Buarque
[Chico]
Quem é você?
[Elis]
Adivinha se gosta de mim
[Coro]
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim
[Chico]
Quem é você?, diga logo
[Elis]
Que eu quero saber o seu jogo
[Chico]
Que eu quero morrer no seu bloco
[Elis]
Que eu quero me arder no seu fogo
[Chico]
Eu sou seresteiro, poeta e cantor
[Elis]
O meu tempo inteiro só zombo do amor
[Chico]
Eu tenho um pandeiro
[Elis]
Só quero um violão
[Chico]
Eu nado em dinheiro
[Elis]
Não tenho um tostão
Fui porta-estandarte, não sei mais dançar
[Chico]
Eu, modéstia à parte, nasci para sambar
[Elis]
Eu sou tão menina
[Chico]
Meu tempo passou
[Elis]
Eu sou Colombina
[Chico]
Eu sou Pierrot
[Coro]
Mas é Carnaval, não me diga mais quem é você
Amanhã tudo volta ao normal
Deixa a festa acabar
Deixa o barco correr
Deixa o dia raiar
Que hoje eu sou da maneira
Que você me quer
O que você pedir, eu lhe dou
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser
Seja você quem for
Seja o que Deus quiser
Nessa época de marcinha e baile de máscara, aaaah, isso sim que deveria ser Carnaval.
Aí a galera curtia, se divertia, sem extravagâncias. Sim, sim, com sacanagem e putaria, mas sem esse falso glamour televisivo que a gente é impelido a engolir. E sem milhões de reais jogados no lixo.
Eu sempre penso: nasci na época errada...
Aí a galera curtia, se divertia, sem extravagâncias. Sim, sim, com sacanagem e putaria, mas sem esse falso glamour televisivo que a gente é impelido a engolir. E sem milhões de reais jogados no lixo.
Eu sempre penso: nasci na época errada...